"Zanardi é a má consciência, é o antigo colega de classe, o amigo de infância que nos humilhou de mil maneiras. É a pessoa que mais odiamos e, ao mesmo tempo, aquela que gostaríamos de ser. É nefasto, ignorante e não tem escrúpulos, porque está absolutamente vazio." – Andrea Pazienza
Andrea Pazienza é reconhecido como um dos maiores narradores gráficos de todos os tempos, e Zanardi é uma de suas obras mais conhecidas e influentes. Nela, Pazienza retrata de maneira magistral toda uma geração de jovens arrogantes, hedonistas e amorais, sufocados por um ambiente entorpecido e asfixiante que ecoa de forma perturbadora a nossa realidade atual.
Mais de três décadas após sua morte, o culto em torno da figura de Andrea Pazienza continua a crescer de forma constante na arte, na música, no cinema e na literatura de sua Itália natal, enquanto seu nome começa a ecoar cada vez mais insistente além de suas fronteiras. Incrivelmente prolífico, Pazienza deixou um legado que ainda hoje impacta por sua versatilidade, brutalidade e lirismo.
Agora, a tão aguardada edição integral de Zanardi finalmente chega ao Brasil. Com 256 páginas em cores, impressas em papel offset de alta gramatura e capa dura com verniz localizado, o livro inclui ainda uma introdução de Manuele Fior e um extenso posfácio de Oscar Glioti. Impróprio para menores de 18 anos.
Sobre o Autor
Andrea Pazienza (San Benedetto del Tronto, 1956 - Montepulciano, 1988) é um dos mais importantes desenhistas italianos de todos os tempos e seu legado é comparável ao de outros colegas de profissão, como Hugo Pratt, Guido Crepax ou Milo Manara. Foi um dos membros fundadores da revista mensal Frigidaire, em 1980, na qual publicou sua série Zanardi, e também colaborou em outras revistas como Alter Alter, Linus e Comic Art, todas elas reconhecidas como fundamentais na evolução dos quadrinhos europeus. Extraordinariamente prolífico e com um enorme talento, tanto para o desenho quanto para o retrato da juventude de seu tempo, através de diálogos incisivos e naturalistas, Pazienza é, sem dúvidas, o autor de quadrinhos mais influente das últimas quatro décadas em seu país natal. Ele não se limitou ao âmbito dos quadrinhos e foi frequentemente solicitado por artistas de outros campos que reconheceram uma sensibilidade compartilhada e quiseram enriquecer seus trabalhos com as contribuições do desenhista. Assim, Pazienza fez pôsteres para filmes (Cidade das Mulheres, dirigido por Federico Fellini), capas de LPs (principalmente para Roberto Vecchioni) e projetou cenários para O Pequeno Diabo, filme de Roberto Benigni, e Dai Colli, peça teatral de Giorgio Rossi. Também foi um pintor extraordinário e sua obra foi exposta em centros como o Palazzo delle Esposizioni di Roma. Durante a primeira metade da década de 1980, Pazienza consumiu heroína, mas se desintoxicou em 1984. A partir desse momento, aprofundou-se em duas de suas paixões, a história e a poesia, dando luz a alguns de seus melhores trabalhos: Pompeo, Campofame e Astarte. Pazienza morreu em 1988, devido a uma overdose. Ele tinha 32 anos. Longe de diminuir sua estatura como autor, a morte prematura de Pazienza o transformou, justificadamente, em uma lenda. A qualidade de sua produção, a relevância dos temas abordados, seu amplo registro e um talento inato avassalador configuraram um artista que definiu culturalmente a Itália dos anos 1980 e, desenvolvendo seu trabalho em um âmbito muitas vezes culturalmente desprezado como os quadrinhos, pôde medir-se com grandes figuras de outras artes mais reconhecidas.
Detalhes do produto
Editora : Comix Zone (16 junho 2023)
Capa dura : 256 páginas
ISBN-10 : 6500674375
ISBN-13 : 978-6500674378
Idade de leitura : 18 anos e acima
Dimensões : 18 x 25.5 x 2.5 cm
Ranking dos mais vendidos: Nº 4,962 em Livros